Tuesday, February 12, 2008

À Cata

Não sei porque balde de água!
me encapotam sempre,
as pedras da calçada

Devem ser as mãos que as tolhem...

Saio de casa sempre apressado
de vassoura, pá e enxada
E quando lá chego, nada.
Nem lixo para limpar, nem terra esburacada
(E a estrada) recta e segura, continua
Sem passar por la' nada

Digam lá se não acham
que tanta força assim
bruta, fresca e oleada
(ou pelo menos, ainda viva e desengonçada)
Não deveria, pelo menos, tentar
o leito dos eleitos
E por trejeitos, talvez,
ser aproveitada?


Miguel Pimentel

2 comments:

Pedrovski said...

Eles querem trabalhar e não os deixam, "deixem-me trabalhar" diria o outro que com pás e sacholas chegou ao lugar de Portugal primeiro e lá continua ele, sem deixar trabalhar quem trabalha por bem. E entretido tão bem.

Bota sarcasmo nisso! Muito bem.

AnA said...

À cata do lixo! Muitas vezes, parece não deixar rasto.. tudo em ordem: limpeza apurada!
Basta um infeliz levantar as pedras da calçada e voilá ...
Mas isso já seria uma trapalhada! Alguém se oferece?