Wednesday, March 21, 2007

DMP


Estás-me a matar, dizes
Estás a querer-me levar e não dizes
Por onde, dizes que não sabes
Por quem também, nem para quê
Queres só e basta-te
Deixas-te, estás
Pego num bastão e ato-me
Pegas em bolas e brincas
Nem brincas, desfazes-te vais-te elasticando
Adiando
Mas ainda estás lá e dizes que te mato
Que te ato, e continuas
E queres que te mate.


Miguel Pimentel,dia mundial da poesia

4 comments:

Pedrovski said...

E como se matar fosse algo mau
Dizes que não sentes e não te basta
Rotos os sentidos de pensar sozinho
Rendes-te à escoria do burburinho.
Como se a vida assim o fosse,
Falar baixo, bem baixinho.
Pequenino.

Adorei meu!

Anonymous said...

E Tu, acertivo, acedes. Diferes. Sem saber por onde, por quem nem para quê Apontas o punhal.

Anonymous said...

Os infindáveis jogos, por vezes ,desafiantes ... por vezes, somos arrastados por eles para eles, sem sabermos bem porquê... Jogos que vivemos para jogar , jogos que sem os quais conseguimos passar...

mais uma digressao
by Priti

Anonymous said...

MORTE,PUNHAIS, ATAS-ME?
SADOMASO! SENTIDOS PERDIDOS, FALSOS MORALISTAS, ESTARES TU NELES?