disposta por filas, bem organizada
Batem teclas, batem forte, com afinco
Batem por tudo e para sempre,
os dependentes, aqui da sorte,
deste recinto
E batem-lhes à barda, batem-lhes sem fim
E não se importa nada a carneirada. e continuam-lhes a bater.
Porque sim, porque é preciso,porque é necessário.
Bater os objectivos, os lascivos, os diminuídos e os frustados
Bater os pisos, os altos e os baixos, as folhas, as refeições
(e até os serões)
E batem-lhes, batem-lhes; gostam de lhes continuar a bater
Aos pastores, ao doutores, aos amores, e a todas as coisas, porque sim
E porque é para fazer, porque é preciso,porque é assim...
E a carneirada aceita fielmente esta sova universal
Porque nunca se pensou em nada diverso,
e porque até: “Não está nada mal”
“Oll Kurrect” Tudo certo e é assim que deve ser.
Rectidão das ordens e cumprimento do dever,
Senão! e poderia ser bem pior:
extinguissem os chicotes e as amarras,
e já não haver ninguém
para nos gozar o suor
Luís Alves