Milhares de pessoas às compras,
Sem sacos
Dezenas de pessoas, sem baraços
Braços sem pulseiras nem sacos
Baços, vazios
Milhares de compras, cem átrios
Dezenas de pessoas, cem passos
Vidros, vazios, em paços e maços
Dezenas de pessoas procuram amassos
Milhões querem abraços, às dezenas, e algumas
os meus pistachios
Amores de “espacios”, em átrios visíveis
Para que vejam os nossos níveis, que viemos aqui mostrar
Duas pessoas em abraços, cortam os átrios;
desnível
Várias pessoas olham a espaços, controlam os embaraços
De couro e lã cortamos a multidão, de arte e desejo a montra, o turbilhão
Viemos para aqui de novo!
ilusão,
Só queremos ver o vosso passo,
como passam o qualquer dia no vosso espaço,
Quem calçou o passeio que percorro a penacho
Quem concorreu para dominar o facho,
Quem subiu alto para descobrir o que há abaixo
que percorro agora mas não acho
Quem esculpiu o teatro, a estrada ou a ponte
o pedreiro, que se tornou fascio, a monte
e que me foge para que o não encontre
Só vinha à procura, de sonho e abraço
De quem vos criou a maço e cinzel
E vos deixou, solos nas ruas, à procura de um papel
Sem sacos
Dezenas de pessoas, sem baraços
Braços sem pulseiras nem sacos
Baços, vazios
Milhares de compras, cem átrios
Dezenas de pessoas, cem passos
Vidros, vazios, em paços e maços
Dezenas de pessoas procuram amassos
Milhões querem abraços, às dezenas, e algumas
os meus pistachios
Amores de “espacios”, em átrios visíveis
Para que vejam os nossos níveis, que viemos aqui mostrar
Duas pessoas em abraços, cortam os átrios;
desnível
Várias pessoas olham a espaços, controlam os embaraços
De couro e lã cortamos a multidão, de arte e desejo a montra, o turbilhão
Viemos para aqui de novo!
ilusão,
Só queremos ver o vosso passo,
como passam o qualquer dia no vosso espaço,
Quem calçou o passeio que percorro a penacho
Quem concorreu para dominar o facho,
Quem subiu alto para descobrir o que há abaixo
que percorro agora mas não acho
Quem esculpiu o teatro, a estrada ou a ponte
o pedreiro, que se tornou fascio, a monte
e que me foge para que o não encontre
Só vinha à procura, de sonho e abraço
De quem vos criou a maço e cinzel
E vos deixou, solos nas ruas, à procura de um papel
Luís Pimentel, 7 de Janeiro de 2007
2 comments:
A metáfora saiu à rua num dia assim
De quem passa
Pela calçada
Ninguém diz
Pela sua farça
Ninguém pensa
E alguém ouve
Da parede:
- É mais um dia.
Foi na rotina que brilhou
E hoje alguém pensa
Que talvez por isso
Ela o seja
Metáfora.
Tá brutal esse escrito, pelo aparecer de um interior novo numa rotina, que afinal era um turista mas ninguém sabia.
O ritmo...
Fazes poesia como quem faz rap. Mas não lhe dás o ritmo do rap, dás-lhe o ritmo da poesia.
Também sinto a mágoa de passar e não saber quem construiu.
Tamanha a obra de arte...
Quem a transpirou?
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