Monday, April 09, 2007

Bairro popular


De onde vêm estas carcaças?
Que vêem estas desgraças que gritam sem farsas?

Aproximam-se e vêm em comparsas,
Se as tivesse só visto, nem daria, nem diria nada
Por elas, caladas, seriam iguais
Falaram e desgraçaram as traças.
Destroçaram os jornais, destronando-os,
Rasgando-os, sem dons periciais

Alto, para que nos ouçam
E baixinho, já nós lá estamos
As desgraças são para se saberem
E eu, sei-as todas, e digo-as
À frente, à porta e nos degraus

Não são com miaus que me faço ouvir
Porque de onde venho, a palavra é forte e alta
Demasiado forte e demasiado alta
E aflita, e por isso quero que me ouçam
Porque eu não faço fita
Eu sou. A fita de quem faz falta
E a película, de quem nunca ousou

4 comments:

Anonymous said...

Cruzo-me, todos os dias, com indicios deste bairro popular. E confesso que não é lá muito agradável...

Beijinho, Girón.

Anonymous said...

Palavras soltas e vãs que os meus ouvidos tentaram debalde não escutar; esses amontoados encunciados frasicos desconexos imitando diálogos humanos... ai , se eu os pudesse calar!!!!!!!!!!!

Priti

Anonymous said...

adenda: enunciados

Priti

Anonymous said...

ISTO É UMA CÓPIA DE CESARIO VERDE, é muito feio copiar, meu amigzzz