
Espiral
Estou nessa
Na redoma que me envia e trás
Me destrói e satisfaz
Sem querer dizer
Mas que fere e apraz
Que pensa e seduz
Que joga e catrapus.
Me lança outra vez…
Aos campos nus
Naqueles que também estou
Continuo e vou
Jogando, jogando o que restou
Subindo a masmorra, negra, sem flora
Mais uma, uma vez a mesma história
Do estar sem glória
Da sensação de vitória
Da loucura da Hora
Da rigidez fria
da memória
Da sabedoria da história
Que se repete e persiste embora,
Seja diferente a toda a hora.
Miguel Pimentel Alves
2 comments:
À espera de godot...o mito de sisifo...brilhante...ta tudo aki...as questoes fundamentais da vida...dados viciados...destino...a luta pelo livre arbitrio...a nao resignaçao...
A admirável persistência da natureza humana.. PORQUÊ??
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