Tuesday, May 16, 2006





Repetições Confortáveis



Rotinei-me na arte,
do saber fazer nada
Do estar de madrugada
A olhar a parede
Que me enquadra;
Mas não diz nada
Que me esconde, da fachada
Mas que só olha e olha;
Não ensina, como a da escola
Não descola
Olha, olha
Estorva.
Suja ou limpa,
Enquanto a hora
Que passa ou vai embora
Está sempre, dentro ou fora
Acariciando a vida, de quem a explora


Miguel Pimentel Alves

4 comments:

Anonymous said...

nao basta tar vivo para viver, nao se faz parte dum quadro senao estiver ninguem a apreciar, a hora insufla a vida se fizermos dela arte

Anonymous said...

Parece-me um bom poema para ser muscado por uns franceses itinerantes que passam por León e vão depois a Portugal descobrir o segredo dos Templários!! Nice shot!
Eu gosto...tu sabes!

Anonymous said...

muito bom sim sr. ora aqui vai um lindo poema ;)
...
mulher extravagante
amante do invulgar
no seu ritual diario
gosta de exumar.

exerce a sua actividade
em cemiterios povoados
entre almas atormentadas
por corpos violados.

das campas e jazigos
remove os eternos inquilinos
para por em pratica
insanas orgias...

Anonymous said...

" Somos contos contando contos,nada"