AluvialShopping



Vêm pelos dias em que falta para onde vão


Vêm aos pares
De mãos dadas
para se sentirem seguros
E mostrarem que o são

O delírio de dominar a suavidade
que os outros fizeram e enriqueceram
Vêm juntos, e até um pouco sobranceiros.
Vêem…… e vão…….

Como carneiros bem tosquiados
Uns em busca, outros em obrigação
A grande fonte do gozo, a abertura dos mercados
Contos contados de origens diversas
Pela injúria da cassação

Alguns, alimentando-se em frescas colheres
Vejo-os bem apresentados, degustando-se
No fosso sem linha, mas preço,
São a alegria e a satisfação


A segurança das mãos entrelaçadas
É como a suavidade que iludimos ficar sempre

Mas depois de certos arraiais é certo,
Que duros para a pele, e bons para a contemplação
Se esbatem no luar, as mãos, a suavidade
Quando acordamos, no dia mais tarde, depois da explosão
Presos no nosso próprio medo,
Porém, livres; na decisão

Por isso, levanto-me outra vez, ríspido, acção!
tenho que sair, ir outra vez, lá
Ao Lugar da sensação

Já pensei no que não preciso, mas quero-o de imediato
Não penso mais, já estou farto!
Encho-me outra vez com o mesmo hipnotismo
Quero é jorrar com o meu melhor fato
Os olhos dos outros, puros de egoísmo
A intriga , a rebelião,
no lugar do regozijo
Que é por todos, e bem conhecido,
O Shopping do Aluvião



Miguel Pimentel Alves