Monday, April 23, 2007

Os bebés dos outros e a minha responsabilidade

Afirmo, desde já, que não tenho nenhuma. Não fui interveniente, e na maior parte dos casos nem quereria ser, a julgar por alguns dos milhares de corpos* idênticos, todavia, disformes que por aí vejo circular. Não é que eu me estenda em perfeições, longe disso, no entanto, sou eu aqui que escrevo e mando o bitaite, portanto, o que digo é lei, pelo menos por ora.
Mas voltando aos bebés e acrescentando um factor, ou, o factor que interessa aqui discutir: a questão das prioridades com carrinhos de bebé.

Com a chegada de um novo membro à família( além do papá ter que trocar o seu carro desportivo e vermelho raiado de juventude, por um meio de transporte mais corpulento e barrigudo, no que também ele se vai tornando), há a necessidade, também, de comprar mais um meio de transporte, o famoso e aclamado pelos vendedores, carrinho de bebé. Até aqui tudo bem, família e barrigas crescem, portanto também deverão crescer os veículos. Tudo certo, não há erro. O problema chega quanto à circulação desses carrinhos de bebé nos espaços públicos, variados, uns mais frescos que outros, como jardins, piscinas, shoppings e derivados, públicos ou privados. Não há código da estrada para veículos de tracção papá e mamã, o que cria indecisões de origens várias. Quem terá a prioridade? O peão, ou o veículo que vai escorrendo baba, tanto de condutores e ocupantes. O que imperará? A sinalização sonora, vertical ou luminosa? Será uma questão de rapidez e genica, ou funcionará a regra da prioridade à direita? Se assim for, Em Inglaterra será diferente?

O código da estrada, como já alertei, é totalmente omisso acerca disso, e isso, dá azo ao descarado abuso de autoridade simbólica por parte de alguns condutores.
Agindo como se de ambulâncias se tratassem (e nem sequer das normais que vão indo daqui para ali) estes veículos, estão aparentemente sempre em serviço urgente mas de marcha lenta, e em pedido de admiração que todos devem cumprir. Passam por trás e pela frente e nunca param nos stops. É como se possuíssem prioridade vitalícia. Não concordo!Não pagam selo, e inspecção é coisa que não vêem estes carrinhos. Deveriam ser inibidos de tanto populismo, além de que não têm seguro. Se sou atropelado, quem resolve a situação? Ninguém, e ainda me arrisco é a ser vaiado em público por agressão a menores. O perigo espreita, pode ocorrer em qualquer lado e acontecer escorregar em baba de motor, que por não haver inspecção, pode brotar brutalmente pelos carters de tais veículos. Ninguém me pode garantir que tal não aconteça, e o resultado pode ser catastrófico.

Por isso peço a atenção dos papás. Não quero ser bebé, mas com tantos a circular, tenho medo de escorregar.Pelo que tenho visto por aí, ainda me arrisco a linchamento(por parte dos vendedores, por exemplo); e coisas piores como ser obrigado a usar uma t´shirt que em letras garrafais diga: anti-bebés e seus transportes e coisas que tais. Vá lá, se for mesmo preciso essa t´shirt, que venha. Não me tragam é qualquer coisa da Chico e afins. É que ainda não tenho tamanho para caber em tanta pachorra.


*quando me refiro a corpos, inclúo obviamente a dualidade**
** entre corpo e mente

Miguel Pimentel. 24 de Abril de 2007

4 comments:

Anonymous said...

Daqui o sopro do entusiasmo para que o manifesto se estenda aos bracejos infantis em restaurantes e afins. Daqui a dúvida burburinhada... não serás tu comunis...?

Anonymous said...

A inclusão de uma segunda nota de rodapé... ehehh bem te disse k era ambíguo. Platão , para muitos, nao passa de um nome... lol

priti

Anonymous said...

QUÉS VER QUE TEMOS COMUN...!!

Anonymous said...

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